quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Não sou fênix, mas vou voltar das cinzas
É simplesmente horroroso. O fim parece que nunca vai ter fim. Enfim. O fato é que eu abandonei esse blog, como abandonei tudo mais que eu gostava de fazer pra terminar a dificuldade e tentar um mestrado, pra quem sabe um dia, sair da vida medíocre na qual eu me (as)sentei.
O fato que é tentando passar em um mestrado eu não passei em nenhum.
Super.
Espero até o fim do ano resolver esse problema.
Mas não é nada disso que eu queria falar nesse post. O que eu quero é abrir uma proposta.
A minha idéia com esse blog era construir um espaço de fala, pra quem gosta das sociais mas sente vergonha de dizer o que pensa, por conta de idealismo, moralismo e principalmente essa maldita hierarquia academicista que nós, que estamos por baixo, sentimos pesar nas costas, nas falas, no medo de escrever e dizer o que pensa.
Como podem ver, no meu pequeno círculo social eu não consegui nenhum adepto pra essa idéia. Motivos que não cabem aqui. E como a internet, nosso querido mundo digital, já me trouxe algumas experiências de que minhas idéias não são tão solitárias e absurdas como eu pensava, acredito que aí fora deve ter alguém com a mesma vontade que eu.
Vai dar um pouco de trabalho, arrumar o layout do blog, reestruturar a idéia, manter posts... mas eu ainda acho que é uma idéia válida, gratuita e de fácil acesso. Não sei vocês, mas eu sinto as vezes falta de um espaço de debates socio-antropológicos que fujam dos paradigmas "conversa de boteco" ou "embate de egos".
Então, fica o convite. Quem tiver o comichão para as Ciências Sociais livres, que se manifeste.
meu e-mail é lzamprogne@gmail.com é só dar um alô.
sábado, 30 de agosto de 2008
Grupo de Estudos - Geertz
Segue o relatório e o podcast com a discussão sobre a Parte I do livro.
O Cronograma será esse:
Agosto
1º Encontro: 30-08-08
Parte I - 1. Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura.
Setembro
2º Encontro: 27-09-08
Parte II – 2. O impacto do conceito de cultura sobre o conceito de homem.
3. O crescimento da cultura e a evolução da mente
Outubro
3º Encontro: 11-10-08
Parte III –
5. “Ethos”, Visão de mundo, e a análise de símbolos sagrados
4º Encontro: 25-10-08
Parte IV –
Novembro
5º Encontro: 22-11-08
Parte V – 8. Pessoa, Tempo e Conduta em Bali
9. Um jogo absorvente: Notas sobre a Briga de Galos Balinesa
****Festinha de encerramento com conquetel (cocrete de mio e suco de groselha) dançante (todo mundo dançando “Janete Patinete” de autoria do Hugo) e convite á professora como pessoa VIP de nossa mega-ultra-badalada-festa-intelectual.
Para ler o relatório clique aqui
relatorio1_30-08-08.doc
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Num Velório
Não faça observações sobre o acessório usado pela pessoa. Se as alças forem de alumínio, melhor fingir que não notou.
Se o cheiro das flores estiver muito forte, lembre-se que elas não foram enviadas para você e que a pessoa para quem foram enviadas está pouco se incomodando com as flores.
Ouça com a expressão mais atenta possíve as declarações oficiais sobre a personalidade e a vida da pessoa homenageada com a reunião.
Caso os dados não correspondam aos fatos, não cutuque o seu vizinho, não pise no pé dele, nem faça sinais para indicar que estão distribuindo balas aos presentes.
Se as informações sobre a pessoa homenageada na reunião forem exageradas, esquecaça. Não interrompa o discurso.
Nos treçhos emocionantes, emocione-se sempre de acordo com sua intimidade com os que promovem a reuinão, ou com a pessoa homenageada. No momento em que um parente soluça, um amigo íntimo deve se controlar e um estranho apenas procurar o lenço. Se a cerimônia for em honra de um militar, as emoções devem ser de acordo com o posto; o oficial mais graduado tem precedência no estupor emocional e os demais presentes conciliam seus sentimentos conforme o próprio status da cerimônia.
Não leve seu cachorro.
Mark Twain - Dicas úteis para uma vida fútil. Um manual prático para a maldita raça humana. 1881.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Howl's Moving Castle
A minha foi ficar vendo filme o feriado inteiro. Contabilizando: 14.
Minha sessão pipoca teve de tudo: desenho, animação, entalatados hollywoodianos de ação, enlatados hollywoodianos de pseudocomédia romantica, terror, suspense e comédia da década de 80.
Como amante e fã de desenhos e animações é obvio que eu sugiro um ao invés de filmes com gente de verdade.
Minha sugestão é o título desse post: HOWL'S MOVING CASTLE. Animação e bem fora dos padrões enlatados de ultimamente. É anime e não é 3d. Quem não gosta pela parte estética, só lamento.
Os nomes em portugues podem ser:
-> O castelo andante
-> O castelo animado
Depende de que troço vc for locar. Se for jogar na mula melhor o nome original, é mais fácil achar legenda do que o filme. Enfim.
Boa sessão. Ou não.
Uma prévia do que é o filme CLIQUE AQUI
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Inferno
Na mitologia Grega clássica, o inferno é para onde vão os mortos, o reino Hades, o deus da Morte do panteão helênico.
Os hindus e os budistas consideram o inferno como lugar de purificação espiritual e de restauração final.
A tradição islâmica o considera como um lugar de castigo eterno.”
O conceito de sofrimento após a morte é encontrado entre os ensinos religiosos pagãos dos povos antigos da Babilônia e do Egito. As crenças dos babilônios e dos assírios retratavam o “mundo inferior . . . como lugar cheio de horrores, . . . presidido por deuses e demônios de grande força e ferocidade”. Embora os antigos textos religiosos egípcios não ensinem que a queima de qualquer vítima individual prosseguiria eternamente, eles deveras retratam o “Outro Mundo” como tendo “covas de fogo” para “os condenados”.
No Cristianismo o inferno depende da corrente cristã a qual os fiéis fazem parte. Pode ser desde lugar de condenação eterna para os pecadores, como também um lugar onde não existe Deus, e , portanto existe sofrimento (porque eu tenho a impressão de que isso também serve para descrever o nosso planeta?)
Para o Espiritismo não existe um inferno propriamente dito. O inferno são outros planetas, ou esferas onde existe vida, para os espíritos menos evoluídos. Também é um lugar de sofrimento.
Algumas frases interessantes:
"Até Deus tem um inferno: é o seu amor pelos homens."
Nietzsche"Não há outro inferno para o homem além da estupidez ou da maldade dos seus semelhantes."
Marquês de Sade"Todo o inferno está contido nesta única palavra: solidão."
Victor Hugo"O inferno são os outros"
Sartre
Concordo com o Sartre.
domingo, 27 de janeiro de 2008
Estranhos no paraíso
Essa série é sobre duas mulheres, comuns. Sem superpoderes, organizações secretas - ok, tem algo que chega perto disso, uma espécie de sub-rede de prostituição de mulheres para mulheres - mas o essencial é a simplicidade e suavidade das personagens. Humanas e complexas e errantes. A versão heróica do homem comum, que como diz a música do "Rocky Horror Picture Show":
And crawling on the planet's face
Some insects called the human race
Lost in time, and lost in space
And meaning
Às vezes só o fato de suportar a vida pode nos tornar heróicos.
Bem, o caso é que existe junto à historinha, uma série de poesias e músicas, algumas que o próprio Moore Fez.
E esse post todo é pra falar exatamente dessa, que se segue. Minha preferida.
Explain how you know how I feel
Explain to me the seasonal tides
Tell me the secrets of your world
Tell me the secrets of mine
Explain why you’re drawn to me
Explain why the moon’s up above
Tell me why snow tastes like it does
Tell my why I’m in love.
Explain why you’re so distant to me
Explain what I’ve done that’s so wrong
Tell me why we’re bundles of contradictions
Tell me why the snow’s almost gone
Explain how it is that we work
Explain why the earth’s still asleep
Tell me about the pain in your eyes
Tell me what I have left to keep
Explain why you’re kind to me
Explain why it is that you hide
Tell me why Tori affects you like she does
Tell me why you haven’t lied
Explain why I’m drawn to you
Explain why the moon’s up above
Tell me why the snow tastes like it does
Tell me I’m not in love.
- “Mourning Hope”
A Dirge of Awakening
G. Benjamin Ensor
Essas palavras ecoam humanidade. E eu acho que estou perdida entre elas também.
Leiam Estranhos no Paraíso!